Após longas 15 horas de depoimento, a Polícia Federal liberou, na madrugada desta quarta-feira (18), o ex-secretário de Saúde do Maranhão e ex-deputado estadual, Ricardo Murad. Ele deixou a sede da PF por volta das 2h20 da madrugada.
Os advogados de Ricardo Murad disseram que o cliente não chegou a ser preso, mas apenas conduzido coercitivamente para falar do rombo de R$ 1,2 bilhão em recursos federais que a PF detectou apenas em quatro anos de ‘gestão’ do cliente à frente da Saúde no Governo Roseana.
Murad teve a prisão preventiva solicitada pela Polícia Federal, mas foi negada pelo juiz Carlos Madeira, da Justiça Federal.
A Polícia Federal alegou que o ex-secretário, como chefe da quadrilha que resultou no rombo, é suspeito de ocultar provas, uma vez que agentes federais encontraram indícios de que ele agiu com “intenção de destruir provas”.
De acordo com o delegado Alexandre Saraiva, uma equipe da PF encontrou vestígios de uma fogueira recente com vários documentos que seriam de interesse da investigação, na casa de Ricardo Murad, e detectou que houve transferência de documentos entre casas diferentes ligadas ao ex-secretário.